O Exército e a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo estão investigando o desaparecimento de 21 metralhadoras de um arsenal militar em Barueri, na região metropolitana da capital. Entre as armas furtadas, havia 13 metralhadoras calibre 50, consideradas de alto impacto e capazes de perfurar blindagens, além de oito fuzis 7,62 mm. Aqui estão algumas informações sobre o caso:
Quando foi notada a ausência das armas? A ausência do armamento foi notada durante uma inspeção no local na terça-feira (10). O Exército afirmou que o material estava inservível e havia sido recolhido para manutenção.
Trata-se de um furto ou roubo? O caso não é oficialmente tratado como roubo ou furto na nota emitida pelo Exército. No entanto, o secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, se refere ao caso como furto, o que implica na subtração de objetos sem o uso da violência. O Comando Militar do Sudeste instaurou um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do ocorrido. O Exército descreveu o incidente como “uma discrepância no controle” das armas e afirmou que tomou todas as providências para investigar o caso.
O que se sabe sobre a investigação? O Comando Militar do Sudeste informou que cerca de 480 militares estão sendo mantidos aquartelados e estão sendo ouvidos como parte da investigação. A Secretaria de Segurança de São Paulo está colaborando nas buscas pelo armamento e tomando medidas para evitar possíveis consequências catastróficas em relação ao uso das armas por grupos criminosos.
Para que serve esse tipo de armamento e a quem poderia interessar? As metralhadoras calibre .50 são armas de alto interesse para grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que costuma “alugar” armas de alto calibre para cometer assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Essas armas também foram utilizadas em assassinatos de alto perfil, como o caso do megatraficante Jorge Rafaat Toumani em 2016. O fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é uma arma de uso padrão do Exército Brasileiro desde a década de 1960, conhecida por sua precisão e letalidade.
Este é um incidente grave que levanta preocupações sobre a segurança do arsenal militar e a possibilidade de que as armas roubadas possam ser utilizadas por criminosos. A investigação em andamento visa determinar as circunstâncias exatas do ocorrido e prevenir possíveis consequências negativas.
