A Polícia Federal (PF) tem um prazo de dez dias para convidar o deputado federal General Girão (PL-RN) a prestar depoimento sobre sua suposta participação nos atos de 8 de janeiro em Brasília. A decisão foi proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado é acusado de incitar seus seguidores a participarem das manifestações que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. As acusações se baseiam em postagens feitas por General Girão em suas redes sociais, meses antes dos eventos de janeiro, nas quais ele supostamente descredibilizava a Justiça Eleitoral e divulgava notícias consideradas falsas.
A PF indicou essas publicações como evidências da suposta incitação do deputado aos protestos. As investigações envolvendo General Girão surgiram em decorrência dos acontecimentos do 8 de janeiro, quando manifestantes que apoiavam o então presidente Jair Bolsonaro se reuniram em Brasília, resultando em atos de violência e depredações.
O deputado se manifestou sobre as investigações, lamentando o que chamou de “perseguição” que, segundo ele, não respeita a Constituição Federal. O convite para seu depoimento visa esclarecer sua possível participação ou influência nos eventos de janeiro.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes autoriza a PF a realizar a oitiva do deputado General Girão, com um prazo máximo de dez dias para a realização do depoimento. O termo de declarações resultante do depoimento deverá ser posteriormente incluído nos autos do caso. O Ministério Público também foi informado sobre a decisão.
