O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, por 10 votos a 5, uma representação contra o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), acusado de importunação sexual pela deputada Júlia Zanatta (PL-SC). O episódio ocorreu em abril durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, quando Jerry se aproximou de Júlia Zanatta por trás e tocou seu rosto, o que levou a acusações de importunação sexual.
Na época, Júlia Zanatta divulgou fotos do incidente em suas redes sociais, gerando uma polêmica pública. O deputado Márcio Jerry negou as acusações e alegou que estava apenas fazendo um comentário durante uma discussão com a deputada Lídice da Mata (PSB-BA).
O relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), recomendou o arquivamento do processo, argumentando que não havia provas suficientes para sustentar a acusação de importunação sexual. Ele sugeriu que Jerry pedisse desculpas pela situação, ao que o deputado concordou, pedindo desculpas “pelos problemas que gerou”.
Durante a sessão do Conselho de Ética, houve troca de insultos entre os envolvidos, com Júlia Zanatta acusando membros do PCdoB de a acusarem injustamente. Ela também chamou Jerry de covarde por não tê-la procurado após o incidente.
O caso gerou discussões acaloradas no conselho, com alguns deputados argumentando que não deveria estar sendo tratado ali. O deputado João Leão (PP-BA) fez um apelo ao relator para arquivar o caso, afirmando que incidentes semelhantes poderiam levar a mais denúncias no futuro.
Com o arquivamento do caso, as acusações de importunação sexual contra o deputado Márcio Jerry não resultaram em nenhuma ação disciplinar por parte do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
