A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, gerou polêmica ao utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar de Brasília a São Paulo e assistir à final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, realizada no Morumbi no último domingo (24). A ministra é declaradamente torcedora do Flamengo.
Segundo a ministra, sua presença no estádio tinha o propósito de assinar uma ação do governo federal voltada para o combate ao racismo no esporte. No entanto, o uso do avião da FAB para esse fim gerou críticas e questionamentos nas redes sociais.
Líderes de oposição, como o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), ironizaram a situação, sugerindo que a ida da ministra ao jogo, sendo flamenguista, no dia da final da Copa do Brasil, parecia ser uma mera coincidência. Jordy também destacou que ministros do presidente Lula têm utilizado aeronaves da FAB para passar fins de semana em seus redutos eleitorais, muitas vezes sem registrar agendas de trabalho que justifiquem o uso de aviões oficiais.
O uso de aeronaves da FAB é regulamentado por um decreto presidencial que estabelece uma ordem de prioridade para sua utilização. Isso inclui situações de emergências médicas, razões de segurança e viagens a serviço. As regras em vigor não permitem o uso de jatos da FAB para deslocamentos de lazer, como passar o final de semana em casa. Essas viagens, diferentemente das feitas em aviões comerciais, não exigem que os ocupantes enfrentem os procedimentos habituais de embarque e segurança em aeroportos públicos.
A questão do uso de recursos públicos, como aeronaves oficiais, para atividades pessoais ou que não estejam diretamente relacionadas a deveres oficiais, é frequentemente debatida e gera controvérsias no cenário político brasileiro.
