A jornalista Rachel Sheherazade está enfrentando a possibilidade de uma ação judicial por parte do SBT, a emissora onde trabalhou por muitos anos, após alegar que foi censurada enquanto atuava na emissora. As acusações foram feitas por Sheherazade durante sua participação no reality show “A Fazenda 15”, da Record TV, na última quinta-feira (21).
Sheherazade afirmou que havia tomado uma posição pró-Palestina em um programa de notícias do SBT e que isso resultou em uma advertência. Ela não mencionou nomes, mas explicou que a advertência ocorreu devido à religião do proprietário da emissora, Silvio Santos, que é judeu.
Segundo o site Notícias da TV, fontes do SBT revelaram que a emissora está avaliando a possibilidade de processar Rachel Sheherazade para que ela comprove que a situação realmente aconteceu. A emissora busca esclarecimentos sobre as alegações feitas pela jornalista.
Rachel Sheherazade se tornou conhecida em 2011, quando foi descoberta por Silvio Santos enquanto apresentava um telejornal na TV Tambaú, afiliada do SBT na Paraíba. Ela trabalhou na matriz do SBT até 2020, quando deixou a emissora. Após sua saída, Sheherazade processou o SBT em uma ação trabalhista, na qual solicitou uma indenização milionária e alegou ter sido vítima de misoginia durante o Troféu Imprensa de 2017. O processo resultou em uma indenização de R$ 500 mil para a jornalista.
Devido ao acordo resultante do processo, tanto Rachel Sheherazade quanto o SBT concordaram em não mencionar os nomes um do outro, evitando referências diretas na mídia. Portanto, as recentes alegações da jornalista podem levar a novas implicações legais relacionadas ao acordo entre as partes.
