O ex-juiz e atual senador, Sergio Moro, do União Brasil-PR, reiterou a correção de suas ações durante seu tempo como magistrado na Operação Lava Jato e afirmou ter “consciência absolutamente tranquila” em relação à sua conduta no processo. Moro ressaltou que as alegações que visam manchar a integridade dos processos da Lava Jato são uma distorção dos fatos.
Durante uma entrevista ao programa Pânico nesta segunda-feira (11), Moro comentou sobre os acontecimentos recentes e expressou sua confiança na retidão de suas ações: “Como houve muitas reviravoltas nos últimos anos, eu até penso: ‘será que poderia ter feito algo um pouco diferente e tal?’ Na minha opinião, a gente fez tudo certinho, o que está tendo é um revisionismo histórico, muitas vezes com deturpação de fatos e do que aconteceu, mas eu tenho minha consciência absolutamente tranquila.”
Ele mencionou que, apesar das críticas à maneira como a Lava Jato foi conduzida, não foi apresentada evidência de que alguém condenado na operação seja inocente: “Tem gente lá que critica a Lava Jato. Eu não consigo achar uma pessoa que me aponte um inocente que tenha sido condenado pela Lava Jato. Fui um juiz duro, entendo que aquele momento histórico demandava aquela dureza.”
Moro também abordou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou todas as provas do acordo de leniência com a Odebrecht. Ele enfatizou que o acordo de leniência resultou na devolução de mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos pela Odebrecht e foi elogiado internacionalmente, argumentando que os procedimentos foram conduzidos de forma correta.
A entrevista de Sergio Moro destaca a contínua discussão e debate em torno da Operação Lava Jato no Brasil, que teve um impacto significativo na política e na justiça do país.
