O Tesouro Nacional divulgou que em agosto precisou desembolsar um total de R$ 509,16 milhões para honrar débitos bancários garantidos pela União que não foram quitados pelos estados no último mês. Esses pagamentos de dívidas não honradas pelos estados representam um desafio financeiro para o governo federal.
No ranking das dívidas assumidas pelo Tesouro em agosto, o estado do Rio de Janeiro liderou a lista, com um montante de R$ 206,32 milhões. Em seguida, aparecem Minas Gerais (R$ 165,82 milhões), Goiás (R$ 75,51 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 61,46 milhões).
Considerando o acumulado de 2023 até agosto, a União já gastou R$ 8,126 bilhões para honrar dívidas de oito estados e dois municípios. O Rio de Janeiro é o estado com o maior valor acumulado no ano, totalizando R$ 2,495 bilhões, seguido de perto por Minas Gerais, que registra R$ 2,457 bilhões em dívidas não pagas. Vale ressaltar que no ano anterior, a União teve que arcar com um total de R$ 9,782 bilhões em dívidas bancárias não quitadas por estados e municípios em 2022.
Desde 2016, a União já realizou o pagamento de um montante significativo de R$ 59,819 bilhões para honrar as garantias concedidas a operações de crédito dos governos regionais. No entanto, apenas R$ 5,612 bilhões (9,3%) foram recuperados pelo Tesouro por meio da execução das contragarantias dos entes estaduais e municipais. Essa situação evidencia os desafios enfrentados pelo governo federal para garantir a estabilidade financeira e fiscal dos estados brasileiros.
