Deputado quer ‘detector de mentira’ em microfones da Alesp
Nesta quinta-feira (31), um projeto de resolução foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), propondo a instalação de detectores de mentiras nos microfones do plenário da Casa. A iniciativa, apresentada por Paulo Fiorilo (PT), sugere que casos de detecção de notícias falsas sejam encaminhados ao Conselho de Ética da Alesp.
O projeto de resolução 38/2023, em seu artigo 1º, propõe que “a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo instalará, nos microfones do Plenário Juscelino Kubitschek, detectores de veracidade de falas e declarações”. A proposta prevê que as informações sobre a veracidade ou falsidade das declarações sejam projetadas em um painel instalado no plenário. A análise utilizaria critérios a serem definidos, com base nos padrões adotados pelas agências de verificação de informações falsas.
Não há indicação no projeto de quem ficaria responsável por realizar a checagem das falas. Além disso, o projeto estabelece que, “detectada a disseminação de informações inequivocamente inverídicas, as notas taquigráficas serão encaminhadas ao Conselho de Ética, para avaliação quanto aos procedimentos a serem adotados”. O Conselho de Ética é responsável por analisar representações contra parlamentares e pode aplicar diversas sanções, incluindo a cassação de mandato.
Na justificativa do projeto, Paulo Fiorilo argumenta que o ambiente político tem sido afetado pela disseminação de notícias falsas e desinformação. Ele destaca a preocupação com a propagação de informações falsas e ilações, e acredita que a Alesp deve dispor de ferramentas para combater esse problema.
O projeto de resolução deve ser debatido e analisado pelos membros da Alesp, e sua implementação, se aprovada, poderia representar uma abordagem inovadora para lidar com a disseminação de notícias falsas no ambiente político.
