Presidente da CPMI se reúne com comandante do Exército

Política Nacional

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos ocorridos em 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), realizou uma reunião com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio. O objetivo da reunião foi discutir as tentativas de convocar militares para depoimentos na CPMI.

Após um café da manhã de três horas no Quartel General do Exército, Arthur Maia destacou a importância de preservar as “instituições democráticas” e de separar as ações isoladas de “alguns militares” do comportamento de toda a corporação.

O presidente da CPMI enfatizou que é fundamental que os trabalhos da comissão concluam respeitando as instituições brasileiras, mostrando à população que as ações de alguns militares individuais envolvidos em atividades antidemocráticas não devem ser atribuídas às Forças Armadas como um todo.

Arthur Maia reconheceu o Exército brasileiro como uma instituição gloriosa e de grande significado para o país, mas ressaltou a necessidade de separar as ações individuais de alguns militares das ações da instituição como um todo.

A reunião também abordou a relação entre a CPMI e o Exército no contexto das investigações. Maia afirmou que tem buscado aconselhamento do ministro da Defesa para conduzir os trabalhos da CPMI de maneira ordeira.

Quando questionado se a reunião teve o propósito de receber pedidos por parte do comandante do Exército sobre a convocação de militares para depoimentos, Maia negou que o encontro tivesse esse propósito. Ele assegurou que a reunião não afetará as decisões da CPMI em relação aos requerimentos e investigações em curso.

Em relação às denúncias de policiais militares sobre o Exército supostamente impedir a remoção de acampamentos em frente ao Quartel General em Brasília, Maia considerou essas alegações como um ponto fora da curva. Ele afirmou que, embora possa ter havido militares com opiniões contrárias à democracia durante a transição de governo, essas opiniões eram de indivíduos específicos e não representavam a postura oficial do Exército.

A reunião entre Arthur Maia, o comandante do Exército e o ministro da Defesa reflete a complexidade das relações entre os poderes legislativo e militar, assim como a importância de manter o equilíbrio entre a investigação das ações individuais e a preservação das instituições democráticas do país.

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