Nesta terça-feira (8), a ex-advogada de Dilma Rousseff (PT), Edilene Lobo, tomou posse como ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A indicação para o cargo foi feita pelo presidente Lula (PT), e a cerimônia de posse ocorreu no gabinete do presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
Durante a solenidade de posse, o ministro Alexandre de Moraes enfatizou a importância deste momento histórico. “É uma grande honra dar posse à primeira ministra negra da história do TSE. Nós conhecemos a competência, a inteligência e o trabalho de Edilene. Hoje, ela se torna um símbolo de respeito à mulher negra”, afirmou o ministro.
O nome de Edilene Lobo foi incluído na lista enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente Lula para a indicação ao cargo no TSE. A lista também continha os nomes das advogadas Daniela Borges, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, e Marilda Silveira, conhecida por sua atuação na área eleitoral em Brasília.
Edilene Lobo já havia ganhado destaque ao defender Dilma Rousseff em 2018, durante a campanha da ex-presidente petista ao Senado por Minas Gerais. Apesar de ser apontada como favorita nas pesquisas, Edilene ficou em terceiro lugar, sendo superada por Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS).
Com um sólido currículo acadêmico, Edilene Lobo possui doutorado em direito pela PUC Minas e mestrado em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua nomeação para o TSE reforça a importância de profissionais com notório saber jurídico e enriquece a diversidade de representação no tribunal.
O Tribunal Superior Eleitoral é composto por sete ministros, sendo três do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico, além de seus respectivos substitutos. A entrada de Edilene Lobo como ministra substituta reflete o compromisso com a representatividade e a equidade dentro do sistema jurídico brasileiro.
A posse de Edilene Lobo marca um passo significativo em direção à diversificação e inclusão nos mais altos escalões do poder judiciário, sinalizando uma abertura para vozes e perspectivas até então subrepresentadas. Sua trajetória profissional e sua atuação como advogada são indicativos da dedicação ao direito e ao compromisso com a justiça e igualdade.
