O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), vice-líder do PT na Câmara, tem chamado a atenção por suas frequentes viagens ao exterior, mesmo sem estar de férias oficialmente. Em apenas cinco meses de mandato em 2023, o petista já visitou países como Cuba, Colômbia, Curaçao, Portugal e França, acompanhado de sua esposa Gabriela Lopes.
Os registros dessas viagens mostram que Quaquá aproveita momentos de lazer, sem indícios claros de compromissos oficiais. Surpreendentemente, não há registros no site da Câmara de suas viagens em missões oficiais.
De acordo com os registros parlamentares, o deputado faltou em uma porcentagem significativa das sessões deliberativas e reuniões nas comissões. Em uma viagem a Cuba, por exemplo, Quaquá estava ausente quando ocorreu uma derrota importante do partido, a derrubada de trechos de decretos presidenciais de Lula sobre a regulamentação do saneamento básico.
Questionado sobre suas viagens, Quaquá alegou que elas são custeadas com recursos próprios, mas admitiu que aproveita esses deslocamentos para desempenhar seu trabalho parlamentar. Ele argumentou que viajar é uma oportunidade de conhecer políticas públicas e ampliar contatos internacionais, tanto na esfera pública quanto na pessoal.
Essas viagens e a aparente mistura de interesses pessoais e políticos geraram polêmica, levantando questões sobre o uso do tempo e do dinheiro público por parte do deputado. Afinal, viajar com recursos próprios e sem compromissos oficiais durante seu mandato é condizente com as obrigações e responsabilidades de um representante eleito?
O comportamento de Washington Quaquá levanta dúvidas sobre a transparência e a ética em sua atuação parlamentar. Como homem público, é essencial que ele esteja plenamente comprometido com suas responsabilidades legislativas e priorize o interesse público acima de interesses pessoais.
O desenrolar dessa polêmica e as consequências políticas que podem surgir em relação às viagens de Quaquá serão acompanhados de perto, uma vez que a integridade e a prestação de contas dos representantes eleitos são fundamentais para a confiança e a credibilidade na política.
