Lula recebe mais pedidos de impeachment em seu terceiro mandato do que no segundo

Política Nacional

Nos seis primeiros meses de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu mais pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados do que em todo o seu segundo mandato. Até o momento, foram protocolados 11 requerimentos para afastar Lula, enquanto no período de 2007 a 2010 foram registradas nove solicitações.

A maioria dos novos pedidos de impeachment é de autoria de deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um dos requerimentos foi apresentado por Evair Vieira de Melo (PP-ES), apoiador de Lula e correligionário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No entanto, é importante ressaltar que o fato de haver pedidos de impeachment não significa necessariamente que um processo de afastamento será iniciado. O presidente da Câmara, Arthur Lira, precisa analisar as solicitações e decidir se as encaminhará para avaliação dos deputados ou se as arquivará. Atualmente, nove dos requerimentos ainda aguardam análise de Lira, e dois foram arquivados devido à troca de legislaturas na Câmara.

Durante seu primeiro mandato, de 2003 a 2006, Lula enfrentou 28 pedidos de impeachment, muitos deles relacionados ao escândalo do mensalão. Já em seu segundo mandato, foram nove solicitações. No total, somando todas as gestões, Lula recebeu 37 pedidos de impeachment, porém nenhum deles teve andamento.

Os pedidos de impeachment mais recentes estão relacionados aos pronunciamentos de Lula na 26ª edição do Foro de São Paulo. Um dos requerimentos, de autoria do deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), alega que Lula teria “relativizado a democracia e atacado o patriotismo” ao falar sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Outro pedido, enviado pela deputada Carol de Toni (PL-SC), complementa o primeiro, afirmando que Lula atua contra a autonomia do país em reuniões com líderes sul-americanos.

É importante ressaltar que a análise e o eventual andamento dos pedidos de impeachment dependem do presidente da Câmara, Arthur Lira, e não há prazo determinado para essa avaliação.

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