Juros no rotativo do cartão de crédito atingem maior nível desde 2017, aponta Banco Central

Economia

Os juros médios cobrados pelos bancos no rotativo do cartão de crédito continuaram a subir, registrando um aumento de 7,8 pontos percentuais de abril para maio, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (28). A taxa alcançou 455,1% ao ano, o maior nível desde março de 2017, quando atingiu 490,3%.

Desde abril daquele ano, passou a vigorar uma regra que obriga os bancos a transferirem, após um mês, as dívidas do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, com taxas de juros mais baixas. Essa medida foi implementada com o objetivo de reduzir a taxa de juros do rotativo, uma vez que o risco de inadimplência teoricamente diminui com a migração para o parcelado.

O rotativo do cartão de crédito, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial muito utilizada em momentos de dificuldades financeiras. Diante das altas taxas de juros, o Ministério da Fazenda estabeleceu um grupo de trabalho em parceria com os bancos e o Banco Central para buscar soluções para essa questão.

O secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que o governo não tem planos de tabelar os juros nem de estabelecer tabelamento para o parcelado sem juros, que alguns atores do setor consideram como um dos responsáveis pelos altos juros no rotativo. No Banco Central, as primeiras ações têm como objetivo melhorar a portabilidade e a transparência.

No caso do parcelado, ainda dentro da modalidade de cartão de crédito, a taxa de juros caiu de 200,5% para 194,3% ao ano. Considerando a taxa de juros total do cartão de crédito, que engloba as operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 104,6% para 106,2%.

Esses números evidenciam a necessidade de medidas para combater os altos juros no rotativo do cartão de crédito, a fim de aliviar o peso das dívidas para os consumidores. A busca por alternativas que promovam maior transparência e facilitem a portabilidade pode contribuir para a redução das taxas de juros e proporcionar um ambiente mais favorável aos consumidores brasileiros.

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