Bolsonaro defende julgamento imparcial no TSE e aponta caso da chapa Dilma-Temer como precedente

Política Nacional

Nesta quarta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações sobre a ação que pode resultar em sua inelegibilidade, a ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (22). Ele expressou sua expectativa de que sua defesa seja baseada no caso da chapa Dilma-Temer, que passou por análise na mesma Corte em 2017 e não foi derrubada.

Bolsonaro ressaltou a importância da imparcialidade no julgamento, enfatizando que espera ser tratado de forma semelhante à chapa Dilma-Temer. Ele acredita que os fatos são idênticos e solicita que o TSE utilize o mesmo critério aplicado no processo anterior.

Em 2017, o TSE analisou uma ação do PSDB que alegava abuso de poder político e econômico por parte da chapa formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Bolsonaro destaca que, na época, a Corte decidiu não considerar novas provas apresentadas após o protocolo da ação.

O ex-presidente defende que o TSE se concentre apenas no fato central do processo – sua reunião com embaixadores, na qual ele criticou as urnas eletrônicas – e desconsidere eventos posteriores. Ele argumenta que, se o ministro Alexandre de Moraes seguir os precedentes e o que ocorreu em 2017, também será absolvido. Bolsonaro acredita que seus direitos políticos não devem ser cassados devido à referida reunião e solicita que a ação seja arquivada com base na mesma jurisprudência anterior.

Durante suas declarações, Bolsonaro deixava o gabinete de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acompanhado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pela deputada Bia Kicis (PL-DF).

O ex-presidente também fez um apelo ao ministro Benedito Gonçalves, que já votou a favor de sua inelegibilidade, solicitando que reconsidere sua posição. Bolsonaro destaca a importância da coerência do ministro, como presidente de uma corte respeitável como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e afirma que seu voto não deveria ser contrário aos seus interesses.

Em relação às eleições futuras, Bolsonaro deixou em aberto a possibilidade de se candidatar ou não em 2024 ou 2026, ressaltando seu desejo de preservar seus direitos políticos. Essa incerteza quanto ao seu futuro político adiciona uma camada de expectativa ao julgamento no TSE e mantém o cenário eleitoral em constante discussão.

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