Tensão na CPMI: Acesso aos dados do celular de Bolsonaro aprovado e oposição investiga golpe após vitória de Lula, presidente Lula se mantém no centro das discussões

Política Nacional

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos radicais do 8 de janeiro deu um passo significativo nesta terça-feira ao aprovar um requerimento para ter acesso aos dados extraídos pela Polícia Federal (PF) do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em meio às investigações sobre fraudes nos cartões de vacinação da família Bolsonaro, os parlamentares também conseguiram acesso às informações contidas nos celulares de Mauro Cid e Ailton Barros, que teriam discutido um possível golpe após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os requerimentos foram apresentados pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), que solicitou ao diretor-geral da PF, Andrei Passos, os dados obtidos pela corporação por meio da Operação Venire. Essa operação tem como objetivo investigar as fraudes nos cartões de vacinação da família Bolsonaro. A aprovação dos requerimentos ocorreu mesmo com a resistência da base governista, que alegava desvio do objeto de investigação da CPMI.

O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), negou o pedido de indeferimento dos requerimentos, encaminhando a proposta de Carvalho para votação. Com 20 votos a favor e 11 contra, os documentos foram aprovados em bloco.

Além disso, a base governista sofreu outras derrotas ao aprovar a convocação de ex-ministros de Bolsonaro, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional – GSI) e Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), que também foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Também foram aprovadas as convocações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e Ailton Barros, conhecido como o “01 de Bolsonaro”.

No entanto, os parlamentares aliados ao presidente Lula conseguiram evitar uma derrota para o governo ao rejeitar os requerimentos da oposição que pediam a convocação do ex-ministro Gonçalves Dias, que deixou o GSI após vazarem vídeos em que ele aparecia caminhando pelo Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Com a aprovação dessas medidas na CPMI, a tensão política aumenta, colocando o acesso aos dados do celular de Bolsonaro em destaque. Além disso, a investigação sobre um possível golpe após a vitória de Lula mantém o ex-presidente no centro das discussões políticas. O desenrolar desses acontecimentos promete trazer mais desdobramentos significativos nas próximas etapas da CPMI.

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