O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que é cotado como um dos possíveis candidatos a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) com a futura saída da ministra Rosa Weber, acumulou gastos de viagens ao longo de 2023, a maioria delas para o exterior. Segundo dados da Transparência do TCU, essas viagens custaram aos cofres públicos um total de R$ 964 mil até o fim de maio.
Somente nos primeiros cinco meses do ano, os gastos do ministro com viagens internacionais para destinos como Nova Iorque, Berlim, Bonn, Viena, Praga, Cidade do Panamá, Rabat e Koror, além de viagens nacionais para São Paulo, somaram R$ 335 mil.
A comitiva mais cara de Bruno Dantas foi composta por ele e três assessores e teve como objetivo participar de reuniões técnicas em Praga, na República Tcheca; Viena, na Áustria; além de Bonn e Berlim, na Alemanha. Essas agendas ocorreram entre o fim de abril e o início de maio, e custaram R$ 250 mil, sendo R$ 159 mil referentes a diárias.
No final de maio, o presidente do TCU levou outra comitiva ao exterior, desta vez com um custo acima de R$ 200 mil. A viagem teve como destino Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde ocorreu o lançamento oficial da candidatura do TCU ao próximo assento na Junta de Auditores da Organização das Nações Unidas (ONU). As despesas do ministro e seus assessores somaram R$ 232 mil.
Além dessas viagens, Bruno Dantas viajou para Palau, um arquipélago no Oceano Pacífico, acompanhado de dois assessores, entre fevereiro e março, com um custo total de R$ 187 mil em diárias e passagens. Na primeira metade de março, ele também realizou uma viagem ao Marrocos, acompanhado de uma assessora, que custou R$ 109 mil.
Em abril, o presidente do TCU fez mais duas viagens internacionais: uma para o Panamá, acompanhado de um assessor, com um custo total de R$ 65 mil; e outra para Nova Iorque, com um custo de R$ 106 mil, que foi considerada mais “modesta” em comparação à viagem realizada para a mesma cidade no final de maio.
