Comissão Parlamentar de Inquérito do 8 de Janeiro retorna com mais de 250 requerimentos para análise

Política Nacional

Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro retoma suas sessões após a aprovação do plano de trabalho. O grupo enfrentará uma extensa lista de mais de 250 requerimentos que serão analisados e votados, incluindo algumas propostas semelhantes.

Além do encontro desta terça-feira, está prevista uma segunda reunião para a próxima quinta-feira (15). A expectativa para esta semana é a aprovação da convocação dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno, que ocuparam cargos na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, respectivamente, no Ministério da Justiça e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A comissão está agendada para iniciar às 9h da manhã e terá uma variedade de requerimentos para serem apreciados. Entre os documentos solicitados estão alertas emitidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para os órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação ocorrida em 8 de janeiro; arquivos e imagens internas e externas do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Itamaraty e Ministério da Justiça; informações sobre a defesa do GSI durante os ataques; provas não sigilosas produzidas no âmbito do Inquérito n° 4879, que investiga os ataques, no Supremo Tribunal Federal; entre outros.

Além dos requerimentos, a pauta também inclui convocações para depoimentos. Entre os nomes listados estão o ex-ministro Anderson Torres, central em 18 requerimentos de convocação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, o ex-ministro do GSI na gestão Lula, Gonçalves Dias, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime e o ex-diretor adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha.

Na condição de testemunhas, também estão previstas convocações do ex-ministro do GSI Augusto Heleno e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Há ainda um requerimento convidando o atual ministro da Justiça, Flávio Dino.

As redes sociais também são alvo da pauta. Seis requerimentos solicitam que a Meta – empresa responsável pelo gerenciamento do Facebook e Instagram -, Twitter, TikTok, Kwai, Discord e Telegram compartilhem informações sobre a divulgação de conteúdos relacionados aos eventos ocorridos em 8 de janeiro.

Na última sessão, o grupo aprovou o plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA). No documento, a parlamentar propõe iniciar as investigações pelos atentados ocorridos em Brasília em dezembro do ano passado e também visa examinar a atuação das Forças Armadas nos acampamentos, bem como as conversas do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, sobre a suposta orquestração de um golpe de Estado após a sucessão presidencial.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *