Coordenador da bancada evangélica critica recusa de Lula em participar da Marcha para Jesus

Política Nacional

O coordenador da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, Eli Borges (PL-TO), expressou sua crítica à decisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de não comparecer à Marcha para Jesus, que será realizada em São Paulo no feriado de Corpus Christi. O deputado destacou que o presidente ainda não compreendeu a importância do povo evangélico no Brasil.

Eli Borges afirmou que a recusa de Lula em participar da marcha mostra a necessidade de uma reflexão por parte do presidente sobre o conceito e a importância do segmento evangélico no país. Apesar de ter aprovado, em 2009, uma lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus, Lula nunca compareceu ao evento, que ocorre desde 1993.

Em resposta ao convite, Lula enviou uma carta agradecendo o honroso convite e mencionando os feitos de suas gestões passadas. Ele retransmitiu o convite para a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que ficarão honrados em representá-lo na marcha.

A Marcha para Jesus é um evento ecumênico que reúne fiéis de diversas denominações cristãs e costuma atrair políticos conservadores e de direita. Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, é presença constante nas edições do evento em todo o país. No entanto, o advogado e assessor pessoal do ex-presidente, Fabio Wajngarten, declarou que Bolsonaro não deve comparecer ao evento deste ano.

A presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na marcha foi confirmada para a parte da tarde. O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), um dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024, também deve marcar presença na parte da manhã.

Apesar da visibilidade que a Marcha proporciona a políticos conservadores, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não deve comparecer ao evento, pois possui uma viagem programada para o feriado de Corpus Christi.

A recusa de Lula em participar da Marcha para Jesus tem gerado discussões sobre sua relação com o eleitorado evangélico. O segmento evangélico representa uma parcela significativa da população brasileira, e as ações e posturas dos políticos em relação a essa comunidade têm impacto nas suas respectivas trajetórias políticas.

O embate entre diferentes posicionamentos políticos e religiosos segue em destaque, à medida que as eleições se aproximam e os líderes buscam fortalecer suas bases eleitorais. A participação ou ausência de Lula na Marcha para Jesus é apenas um dos muitos aspectos que envolvem a complexa relação entre a política e a religião no Brasil.

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