Moraes acusa Jovem Pan de ser “braço de partido político”
O ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fez uma grave acusação contra a emissora Jovem Pan durante sessão na Corte Eleitoral, nesta quinta-feira (18). Durante sua fala, o magistrado citou o veículo de comunicação como um exemplo de mídia tradicional que se deixou utilizar como “verdadeiro braço de partido político”.
– É um exemplo de como a mídia tradicional – e a Jovem Pan é uma mídia tradicional – pode ser instrumentalizada e permitir ser instrumentalizada, num procedimento e modus operandi participativo das mídias digitais, para compartilhar desinformação – declarou o ministro.
Ele enfatizou que “a Jovem Pan se deixou e quis ser utilizada como verdadeiro braço de partido político”.
Alexandre de Moraes, neste caso, se refere especificamente a um episódio, no ano passado, onde a emissora exibiu uma entrevista com a candidata a vice-presidente de Simone Tebet, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). Na oportunidade, Gabrilli denunciou que Lula (PT) fez um pagamento de alto valor para que não atribuíssem a ele o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, principalmente por se tratar de período eleitoral, o que causaria enorme prejuízo político.
Moraes afirmou que não se tratou de entrevista, na verdade, mas sim de “uma propaganda política negativa” e que “chamaram uma candidata a vice-presidente para produzir conteúdo falso”.
O ministro do TSE Carlos Horbach, relator da ação, concordou que não havia provas que associassem Lula ao assassinato de Celso Daniel, mas discordou de Moraes quanto à acusação feita à Jovem Pan, de produzir desinformação, já que “apenas repercutiram o acontecimento advindo da entrevista concedida à Jovem Pan, sem nenhuma desinformação, exatamente porque, de fato, a senadora fez as acusações”.
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