F. Bolsonaro sobre resultado nas urnas: Inviável conter violência

O senador Flávio Bolsonaro (RJ-PL), filho mais velho e coordenador da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que o atual chefe do Executivo “não terá como controlar uma eventual reação violenta de apoiadores que contestem o resultados das urnas”.

O parlamentar, entretanto negou que o presidente planeje estimular qualquer tipo de tumulto em caso de uma possível derrota em outubro. Para Flávio Bolsonaro, Bolsonaro quer apenas uma eleição “segura e transparente”, o que o “TSE deveria fazer por obrigação”. Em suas palavras, “uma parte considerável da opinião pública não acredita no sistema de urnas eletrônicas”.

– Quem quer dar golpe na democracia, Bolsonaro ou quem está resistindo a atender a sugestões técnicas? Por que não atende às sugestões feitas pelo Exército se eles apontaram que existem vulnerabilidades e deram soluções? A bola está com o TSE – ressaltou.

Flávio resgatou a invasão ao Capitólio, por apoiadores de Donald Trump, em janeiro de 2021, e considerou que o republicano não estimulou os atos. Investigações recentes, porém, apontam um suposto envolvimento maior do ex-presidente.

– Como a gente tem controle sobre isso? No meu ponto de vista, o [Donald] Trump não tinha ingerência, não mandou ninguém para lá [invadir o Capitólio]. As pessoas acompanharam os problemas no sistema eleitoral americano, se indignaram e fizeram o que fizeram – destacou.

O primogênito do presidente sugeriu ainda que militares se pronunciem oficialmente se o Tribunal Superior Eleitoral ignorar as recomendações para a transparência das eleições feitas pela Defesa.

– Se as Forças Armadas apontam vulnerabilidades, e o TSE não supre, é natural que essas pessoas tenham que se posicionar [dizendo]: “A gente não pode garantir que as eleições vão ser seguras” – continuou.

Sobre a corrida eleitoral e a disputa com o petista Lula, Flávio avaliou que é possível que a PEC com aumento de auxílios sociais se reverta em votos, mas afirmou que esse não é o objetivo dos benefícios. Por fim, rechaçou qualquer interferência de seu pai na investigação sobre uma suposta corrupção no MEC e avaliou a abertura da CPI no Senado Federal como “palanque político”.

– Sou contra um factoide como esse para atrapalhar a eleição, como foi a CPI da Covid. Espero que o Senado não caia nessa armadilha que só bota o Senado cada vez mais em descrédito – concluiu.

Fonte: Pleno News

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Bruno Rigacci

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