Deputados acionam MP contra ONGs de marmitas fantasmas
Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo revelou que o Ministério do Desenvolvimento Social contratou uma Organização Não Governamental (ONG) comandada por um ex-assessor do Partido dos Trabalhadores (PT), com o objetivo de repassar verbas para a distribuição de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade social, como moradores de rua. O contrato, no valor de R$ 5,6 milhões, previa a distribuição de quentinhas, mas os locais informados ao governo federal não apresentaram sinais de produção e distribuição dos alimentos.
O acordo gerou críticas, com acusações de que as entidades beneficiadas seriam lideradas por auxiliares e ex-auxiliares de parlamentares petistas. Segundo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que denunciou o caso em suas redes sociais, os relatórios de prestação de contas das ONGs apresentaram indícios de fraude. “O governo Lula gastou R$ 5,6 milhões com ONGs ligadas ao PT para distribuir marmitas, mas as refeições não foram entregues. Mesmo sem cumprir o contrato, essas ONGs receberam o pagamento e apresentaram prestações de contas como se tivessem executado o serviço”, afirmou Nikolas.
Diante da situação, Nikolas Ferreira anunciou que está ingressando com um “requerimento de informações ao governo” e uma “representação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União” para que as irregularidades sejam investigadas. O deputado também contou com o apoio do deputado estadual de Minas Gerais, Lincoln Drumond (PL), que acionará as autoridades competentes tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais, já que o programa está presente em 12 estados brasileiros.
A denúncia levanta questões sobre a fiscalização dos contratos públicos e a transparência na execução de projetos voltados para a assistência social, especialmente em um momento em que recursos públicos destinados à população vulnerável estão sendo questionados. A investigação sobre a distribuição de recursos e o cumprimento de contratos será acompanhada de perto por parlamentares e entidades de fiscalização, que aguardam esclarecimentos por parte do Ministério do Desenvolvimento Social.