Festival de gastança petista: ANTT compra imóvel sem licitação por R$ 687,5 milhões

Em meio à grave crise econômica que afeta o Brasil, o valor da aquisição de um imóvel pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), um bem que custou R$ 687,5 milhões, parece não condizer com a realidade financeira do país. A polêmica tomou proporções ainda maiores com o recente pedido de esclarecimentos protocolado por dois deputados membros da Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado (FPLM), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que questionaram o destino dessa compra e a falta de transparência em torno da transação.

A ANTT, órgão federal vinculado ao Ministério dos Transportes e presidido por Renan Filho, tem gerado controvérsias com seus gastos exorbitantes, que destoam da atual situação fiscal do país. De acordo com os requerimentos protocolados na Câmara dos Deputados, a aquisição do imóvel de alto valor não teria justificativas claras e vem sendo apontada como um possível caso de má gestão de recursos públicos.

Gastos com viagens internacionais

A situação se agrava com os gastos de R$ 772.131,20 realizados pela ANTT em 2024 com deslocamentos internacionais para apenas cinco diretores da agência, mesmo diante de um bloqueio de R$ 93 milhões no orçamento da entidade. O presidente da ANTT, Rafael Vitale, esteve fora do Brasil por impressionantes 45 dias, visitando países como China, Reino Unido, Estados Unidos, Portugal e Uruguai, acumulando R$ 90 mil em diárias. Enquanto isso, o diretor Felipe Fernando Queiroz fez uma viagem ainda mais longa, de 65 dias, com despesas que totalizaram R$ 217,3 mil.

Esses números chamam a atenção em um contexto de cortes orçamentários e dificuldade financeira para o setor público, além de gerarem questionamentos sobre a necessidade dessas viagens e os reais benefícios que elas teriam trazido para a ANTT e para a população.

Indícios de falcatrua?

Com o acúmulo de gastos milionários e a aquisição de bens em desacordo com a realidade fiscal do país, surgem indícios de uma possível falcatrua, levantando suspeitas sobre a gestão da agência. Parlamentares e a sociedade aguardam explicações e maior transparência sobre as ações da ANTT, que, além de seus compromissos com o transporte público no Brasil, parece agora ser palco de um verdadeiro escândalo financeiro.

A pressão por respostas cresce, e as investigações sobre essas práticas devem seguir um curso rigoroso para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira justa e eficiente, sem espaço para abusos ou desperdícios.

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Bruno Rigacci

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