Jean Wyllys diz que perdeu cargo no governo Lula pela “homofobia”
O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) declarou que perdeu o cargo que lhe seria oferecido na Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) devido à “homofobia”, o que, segundo ele, acabou sendo um “livramento”.
Ele fez essa afirmação em suas redes sociais, compartilhando uma publicação do ex-deputado estadual Arthur do Val, no qual Wyllys comentou que Arthur “falou a verdade por não saber escrever a mentira que pretendia contar”.
Jean Wyllys, jornalista de formação, deixou o Brasil e se mudou para a Espanha alegando ameaças durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, ele retornou ao Brasil e foi recebido pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, indicando que assumiria um cargo na Secom, que é coordenada pelo ministro Paulo Pimenta.
No entanto, após uma discussão com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nas redes sociais, sua nomeação foi questionada. Jean Wyllys criticou a decisão de Leite de manter o modelo de gestão cívico-militar nas escolas de seu estado, e a troca de mensagens levou à repercussão negativa da nomeação de Wyllys.
Eduardo Leite classificou os comentários de Wyllys como “deprimentes e cheios de preconceitos em várias direções” e lamentou a “ignorância” do ex-deputado. O governador também levou o caso ao Ministério Público, que obteve uma ordem judicial para que Jean Wyllys apagasse sua publicação.
Posteriormente, o Ministério Público do Rio Grande do Sul ingressou com uma ação criminal contra o ex-deputado, acusando-o de injúria. O caso gerou polêmica e destacou a tensão entre Wyllys e alguns setores da militância petista nas redes sociais. Além disso, correligionários do atual presidente também criticaram os ataques virtuais a membros do governo em resposta a críticas feitas às ações do governo.