Bolsonaro cancela entrevista por motivos de saúde e deputado fala em “maus-tratos psicológicos”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou, de forma inesperada, a entrevista que concederia nesta terça-feira, marcada para as 13h. A decisão foi comunicada por meio de um bilhete escrito à mão, divulgado por aliados.
No recado, Bolsonaro foi sucinto:
“Informo que não concederei entrevista nesta data, por questões de saúde”.
O cancelamento gerou reação imediata entre parlamentares próximos ao ex-presidente. O deputado federal Gil Diniz (PL-SP) utilizou as redes sociais para manifestar preocupação com o estado físico e emocional de Bolsonaro, atribuindo a situação ao que classificou como pressões excessivas e tratamento desumano.
“O cancelamento escancara algo ainda mais grave: um homem idoso, debilitado, submetido a pressões constantes, vivendo sob condições desumanas que beiram a tortura psicológica”, afirmou o deputado.
Em outra publicação, Diniz elevou o tom das críticas e falou em falta de humanidade por parte das autoridades responsáveis pela condução dos processos que envolvem o ex-presidente.
“Isso é falta de humanidade e escancara os terríveis maus-tratos pelos quais nosso presidente vem sendo submetido, sem ter culpa de crime algum”, escreveu o parlamentar na plataforma X (antigo Twitter).
Aliados de Bolsonaro têm reiterado que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde recorrentes, consequência, segundo eles, das sequelas do atentado sofrido em 2018 e do estresse provocado pelas investigações em curso. Críticos, por outro lado, afirmam que as manifestações políticas buscam tensionar o ambiente institucional e deslegitimar decisões judiciais.
Até o momento, a assessoria de Jair Bolsonaro não divulgou detalhes adicionais sobre seu estado de saúde nem informou se a entrevista será remarcada. O episódio reacende o debate político sobre os limites das medidas impostas ao ex-presidente e o impacto humano das disputas judiciais em curso no país.





