Bastidores da crise envolvendo o Banco Master expõem tensão entre BC, STF e imprensa
Declarações e análises que circulam nos bastidores políticos apontam que Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, já previa que a eventual liquidação do Banco Master seria alvo de questionamentos ao longo do tempo. Segundo essa leitura, mesmo sob forte pressão de diferentes setores, Galípolo teria optado por negar a compra da instituição, mantendo uma posição considerada cautelosa.
Fontes próximas ao debate avaliam ainda que o próprio presidente do BC pode ter contribuído para o vazamento de informações à grande imprensa. A estratégia, segundo essa interpretação, teria como objetivo ampliar a polêmica pública para fortalecer sua decisão inicial e dificultar uma reversão do processo.
No campo jurídico e político, o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes também entrou no centro da controvérsia. Avaliações feitas por interlocutores indicam que o magistrado estaria confortável após o encerramento das discussões em torno da Lei Magnitsky, não prevendo, contudo, a divulgação de encontros mantidos com o presidente do Banco Central.
A exposição desses encontros reacendeu críticas sobre a relação entre autoridades de diferentes Poderes e a cobertura da grande imprensa. Para analistas mais críticos, qualquer menção futura ao caso deverá considerar o papel de jornalistas como Malu Gaspar e Merval Pereira, frequentemente citados como referências na abordagem do tema nos veículos do Grupo Globo.
Esses críticos afirmam que há tratamento diferenciado por parte de setores da mídia tradicional em relação a determinadas autoridades, o que, segundo eles, impacta a forma como os fatos chegam ao público. A expectativa, agora, é sobre como o ministro Alexandre de Moraes reagirá caso seja oficialmente citado ou questionado no desenrolar do caso.
Até o momento, nem o Banco Central nem o Supremo Tribunal Federal se manifestaram oficialmente sobre as especulações envolvendo vazamentos, encontros reservados ou estratégias de comunicação. O episódio, no entanto, reforça a percepção de um ambiente de forte tensão institucional, em que decisões técnicas, disputas políticas e narrativas midiáticas se entrelaçam.





