Lei Magnitsky: analistas comentam os erros da direita e a desmoralização de Trump no caso da sanção contra Moraes (veja o vídeo)
O Brasil segue repercutindo a informação de que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, da chamada Lei Magnitsky, mecanismo internacional utilizado para aplicar sanções a autoridades acusadas de violações de direitos humanos. O tema foi o assunto central da live Jornal do JCO, que contou com a participação do professor Marcos Pizzolatto, do vereador Darcio Bracarense e do analista político Paulo Baltokoski.
Durante a transmissão, os participantes demonstraram preocupação com os desdobramentos políticos da decisão norte-americana e avaliaram que a retirada da sanção frustrou expectativas de setores que viam na Lei Magnitsky uma possível pressão internacional sobre o Judiciário brasileiro.
Para o professor Marcos Pizzolatto, a situação se agravou ainda mais com a mudança de postura dos Estados Unidos. “Não sabemos como vamos sair desse atoleiro, onde estamos chafurdando há alguns anos. Agora as coisas ficaram muito mais complicadas, porque perdemos essa ajuda, na qual muita gente depositou esperança. Como a gente veio parar aqui? Tem muita gente responsável por isso”, afirmou. Segundo ele, erros estratégicos da própria direita brasileira teriam contribuído para sinalizar ao governo americano que o cenário interno estaria sob controle.
O vereador Darcio Bracarense criticou duramente a aprovação do chamado PL da Dosimetria, classificando a medida como um equívoco grave. “Passamos mais de um ano gritando ‘Anistia’, protestando contra a dosimetria, e da noite para o dia, é dosimetria. Inclusive Bolsonaro concordou, mas o que disseram para ele? Ninguém sabe. Por que, de forma açodada, a opinião mudou?”, questionou.
Já o analista político Paulo Baltokoski avaliou que a decisão dos Estados Unidos enfraqueceu a credibilidade da própria Lei Magnitsky como instrumento internacional. “A lei foi desmoralizada pela forma como foi retirada a sanção de Moraes. Não faz sentido nenhum que Moraes deixe de ser sancionado, já que o grande violador de direitos humanos não mudou em nada sua conduta; pelo contrário, ele dobrou a aposta”, afirmou.
A retirada do nome de Alexandre de Moraes do mecanismo internacional segue gerando debates intensos nas redes sociais e em ambientes políticos, dividindo opiniões sobre os efeitos diplomáticos, jurídicos e simbólicos da decisão americana. Até o momento, não houve manifestação oficial do STF ou do governo brasileiro sobre as declarações feitas durante a live.





