Gerente da Caixa desviou mais de R$ 1 milhão da conta de clientes da agência em que trabalhava

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de terça-feira (17), uma operação para investigar uma gerente da Caixa Econômica Federal suspeita de envolvimento em um esquema criminoso de desvio de recursos de correntistas da agência onde trabalhava no Rio Grande do Sul. A ação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.

Segundo informações da própria PF, a apuração começou após auditoria interna da Caixa identificar movimentações financeiras atípicas, o que motivou a instituição a denunciar o caso e solicitar a abertura de inquérito policial.

Desvios começaram em 2021

De acordo com nota oficial da Polícia Federal, a investigação identificou que a funcionária desviava recursos de contas de pessoas físicas desde 2021, com prejuízo já estimado em mais de R$ 1,1 milhão. O esquema envolvia, segundo os investigadores, contratação de empréstimos fraudulentos, movimentações não autorizadas e lavagem de dinheiro para tentar ocultar a origem dos valores desviados.

“As apurações revelaram que a gerente realizava operações irregulares com o intuito de subtrair recursos dos clientes da instituição, valendo-se do acesso privilegiado aos sistemas internos do banco”, afirmou a PF.

Crimes financeiros e ocultação de dados

A investigada poderá responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro — todos com penas que, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

As buscas foram realizadas em endereços ligados à suspeita, incluindo sua residência e possíveis locais utilizados para movimentação dos recursos desviados. Equipamentos eletrônicos, documentos e extratos bancários foram apreendidos e serão analisados pela equipe técnica da PF.

Caixa colabora com investigações

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que colabora integralmente com as investigações e reforçou seu compromisso com a transparência e o combate a irregularidades internas.

“A Caixa adota políticas rigorosas de controle e possui mecanismos internos de auditoria para detectar e coibir práticas ilícitas. O caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades competentes”, diz o comunicado.

A operação segue em andamento e novas diligências não estão descartadas, segundo fontes ligadas à investigação. A identidade da funcionária investigada não foi divulgada oficialmente até o momento.

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Bruno Rigacci

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