Correios enfrentam déficit de R$ 500 milhões em janeiro de 2025
Em janeiro de 2025, os Correios registraram um desempenho financeiro negativo, com um déficit de R$ 500 milhões. A receita obtida, de R$ 1,42 bilhão, foi insuficiente para cobrir os custos operacionais mensais, que somaram R$ 1,9 bilhão. Esse resultado agravou ainda mais a pressão sobre a gestão da empresa e intensificou as discussões sobre a possível substituição do presidente atual, Fabiano Silva dos Santos, com negociações em andamento para que o cargo seja ocupado por representantes do centrão, bloco político com forte presença no Congresso.
Além do déficit financeiro, o mês de janeiro de 2025 também trouxe resultados preocupantes em relação ao volume de encomendas. Houve uma queda de 19,42% nas entregas, que passaram de 201,59 milhões de pacotes em janeiro de 2024 para 162,43 milhões no mesmo período de 2025. Essa redução reflete não apenas desafios operacionais enfrentados pelos Correios, mas também a alta concorrência no setor de logística e encomendas, que tem pressionado as empresas públicas e privadas a se adaptarem rapidamente às mudanças do mercado.
Em meio à crise financeira, as despesas da empresa também chamam a atenção. Entre janeiro e setembro de 2024, a diretoria dos Correios gastou mais de R$ 6,1 milhões, o que gerou críticas sobre a eficiência da alocação de recursos. A continuidade desses gastos elevados, combinada com os déficits constantes, fortalece as críticas à atual administração e aumenta a pressão por mudanças na liderança da empresa.
Diante desse cenário, o governo federal está buscando alternativas para reverter o prejuízo bilionário e mitigar os impactos negativos nas finanças da estatal. A troca na presidência dos Correios parece ser uma das possíveis soluções, conforme as negociações com representantes do centrão, que, caso assumam o cargo, poderiam tentar implementar uma nova estratégia para melhorar a gestão e o desempenho da empresa.
No entanto, apesar das críticas e dos questionamentos sobre a gestão atual, a estatal se limitou a afirmar que as demonstrações financeiras serão aprovadas e publicadas oficialmente. A transparência sobre os números, bem como as ações para reverter o quadro de crise financeira, serão cruciais para recuperar a confiança tanto dos empregados quanto da sociedade em relação ao futuro dos Correios.