Fachin rebate críticas de que favelas viraram resort para delinquentes

O ministro Edson Fachin, ao votar no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a “ADPF das favelas”, rebateu críticas feitas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que havia afirmado que, após as medidas adotadas pela Corte desde 2019, a cidade teria se tornado um “resort para delinquentes”. Paes, em um vídeo nas redes sociais, criticou a ADPF, argumentando que ela não impede operações policiais, mas cria regras que, segundo ele, aumentam a ocupação do crime organizado na cidade.

Em seu voto, que se estendeu por 200 páginas, Fachin esclareceu que o STF nunca proibiu a realização de operações policiais, mas exigiu parâmetros mínimos de planejamento, transparência e controle externo nas ações. Especificamente, ele destacou que, durante a pandemia, era necessário comprovar a excepcionalidade das operações, o que deveria ser avaliado e decidido pelas próprias forças policiais.

Fachin também refutou as afirmações do Estado do Rio de Janeiro, que havia alegado que as decisões da ADPF resultaram em migração de criminosos e na criação de áreas invioláveis para o tráfico de armas e drogas nas comunidades. O ministro apontou que não há evidências concretas para respaldar essas afirmações, afastando a ideia de que as medidas da Corte estivessem contribuindo para esse cenário.

Em resumo, o voto de Fachin esclareceu que as decisões do STF visam garantir direitos fundamentais e assegurar a legalidade e a transparência nas ações policiais, sem comprometer a segurança pública ou criar áreas de impunidade para o crime.

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Bruno Rigacci

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