Fux rejeita habeas corpus e mantém prisão de Daniel Silveira

O pedido de habeas corpus (HC) apresentado pela defesa de Daniel Silveira foi rejeitado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada na segunda-feira, 3 de fevereiro, com base na Súmula 606 do STF, que estabelece que “não cabe HC originário para o tribunal pleno de decisão de Turma, ou do plenário, proferida em HC ou no respectivo recurso”. Em sua justificativa, Fux destacou que a jurisprudência da Corte é clara ao afirmar que não é possível recorrer a um HC originário contra decisões tomadas pelo relator, pelas Turmas ou pelo plenário do STF.

Entenda a Súmula 606

As súmulas do STF são instrumentos que consolidam a interpretação uniforme de determinados temas, facilitando a compreensão e aplicação das leis. A Súmula 606, no caso em questão, impede a utilização de habeas corpus diretamente no STF em situações em que a decisão foi tomada pelo relator, pela turma ou pelo plenário da Corte. Em vez disso, a defesa de Silveira teria que buscar outras alternativas legais ou recorrer às instâncias adequadas para questionar a decisão.

Posicionamento da Defesa de Silveira

A defesa de Daniel Silveira, representada pelo advogado Paulo Faria, criticou a decisão de Fux. Em uma nota enviada à imprensa, Faria questionou a falta de recursos legais diante da rejeição do HC. “Se o ministro afastou o HC com base em súmula e regimento interno e afirmou que não cabe o remédio contra ninguém e nenhum ato de relator, de Turma ou plenário, a quem recorrer contra os abusos e ilegalidades cometidos dentro do STF?”, argumentou o advogado, demonstrando insatisfação com a falta de alternativas para contestar o que considera “abusos e ilegalidades” cometidos pelo tribunal.

O Caso de Daniel Silveira

Daniel Silveira, ex-deputado federal, foi condenado por incitação à violência e ataques contra membros do STF e da democracia, após divulgar vídeos com ameaças e discursos de ódio. A defesa de Silveira vem buscando diferentes estratégias jurídicas para reverter a condenação ou amenizar as penas impostas, com o HC sendo uma das tentativas mais recentes.

A decisão de Fux mantém o posicionamento do STF em relação ao uso de habeas corpus em determinadas circunstâncias, e coloca em pauta a discussão sobre os limites de recursos no sistema judiciário, especialmente no que tange às ações e decisões dentro da própria Corte Suprema.

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Bruno Rigacci

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