Investigação do “Rei do Lixo” aterroriza Judiciário da Bahia
A Polícia Federal deflagrou uma ação investigativa que envolve suspeitas de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. A operação mira contratos de empresas ligadas aos empresários Fabio e Alex Parente, e José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”. Essas empresas têm relação com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), além de diversas prefeituras e estados.
A investigação gerou grande repercussão, principalmente no União Brasil da Bahia, onde o partido controla a Prefeitura de Salvador há 14 anos. As lideranças do partido, temendo o desdobramento da operação, admitiram publicamente vínculos com o “Rei do Lixo” e suas empresas.
Entre os desdobramentos mais significativos, a Polícia Federal enviou os autos da investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF) devido a menções ao deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), o que inclui a apreensão de documentos e prisões temporárias. Em dezembro do ano passado, um dos primeiros envolvidos, com ligação direta ao deputado, foi preso no contexto da operação, mas acabou sendo solto após decisão da desembargadora Daniela Maranhão, do TRF-1.
A operação está gerando tensões políticas, especialmente dentro da base de apoio do governo na Bahia, e pode afetar a imagem do União Brasil, considerando o histórico de relações com as figuras investigadas.