AGU cancela compra de cortinas em licitação de R$ 1,3 milhão

Uma nova medida do governo Lula (PT) foi revogada diante da forte repercussão negativa nas redes sociais e na mídia. A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou, na quarta-feira (29), o cancelamento da licitação que havia sido aberta para a aquisição de cortinas destinadas a unidades da AGU em Pernambuco. O valor total reservado para a compra das cortinas foi de impressionantes R$ 1,3 milhão, o que gerou indignação em diversos setores da sociedade.

De acordo com a AGU, após tomar conhecimento da proposta da unidade regional, a direção central da Secretaria-Geral de Administração determinou que não houvesse prosseguimento no processo licitatório. “Portanto, não será celebrado nenhum contrato”, afirmou a instituição à revista Oeste. A AGU também esclareceu que as unidades regionais possuem autonomia para iniciar processos de pesquisa de preços praticados no mercado para determinados produtos, mas que a efetivação do contrato depende de uma autorização rigorosa por parte da Secretaria de Administração da AGU, que avalia a real necessidade do item e a quantidade solicitada.

A revogação da licitação vem em um momento sensível para o governo, que enfrenta críticas constantes sobre a gestão dos recursos públicos. O valor reservado para as cortinas gerou ampla discussão nas redes sociais, sendo interpretado por muitos como um gasto desnecessário em tempos de dificuldades econômicas.

Embora a AGU tenha reforçado a autonomia das unidades regionais para conduzir processos de compras, a situação gerou um desgaste, levando à necessidade de revisão imediata da proposta. A revogação da licitação é uma tentativa de minimizar os danos à imagem da administração pública, especialmente em um cenário de aumento de custos e uma alta inflação.

Este episódio reflete um cenário em que a gestão do dinheiro público continua sendo um tema de debate e vigilância constante, e os excessos em gastos podem resultar em grandes repercussões políticas. A medida revogada se soma a outras ações que também foram canceladas ou revistas em razão de críticas semelhantes, o que indica que o governo Lula se vê obrigado a reavaliar suas propostas diante da pressão pública.

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Bruno Rigacci

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