Milei defende acordos individuais para continuar no Mercosul

O presidente da Argentina, Javier Milei, tem causado polêmica e despertado discussões sobre o futuro do Mercosul, bloco comercial do qual a Argentina faz parte, ao sugerir que o país poderia deixar a aliança para firmar um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. A declaração foi dada no contexto de suas ambições econômicas para a Argentina, que busca formas de abrir sua economia para o mercado global, especialmente no que diz respeito a negociações com potências como os EUA.

Contudo, um dia após essa afirmação, Milei suavizou seu discurso e afirmou que é possível avançar nas relações comerciais com os Estados Unidos sem perder a aliança com o Mercosul. Em entrevista a jornalistas brasileiros, ele destacou que há maneiras de buscar acordos bilaterais sem prejudicar o bloco regional, mencionando a possibilidade de países individuais do Mercosul se abrirem ao comércio de forma independente, desde que isso não prejudique a harmonia dentro da organização.

Atualmente, as regras do Mercosul impedem que seus membros façam acordos de livre comércio bilateralmente sem o consentimento dos demais países do bloco, uma situação que limita a flexibilidade das economias envolvidas. Esse tipo de flexibilização já foi tentado, como no caso do Uruguai, que vinha buscando um entendimento com a China, mas teve dificuldades em seguir adiante devido à regulamentação do Mercosul.

Milei, conhecido por seu discurso econômico liberal, parece buscar uma maneira de equilibrar a busca por acordos bilaterais com os interesses regionais do Mercosul. No entanto, a mudança nas regras do bloco exigiria a aprovação de todos os países membros, algo que pode ser um desafio diante das diferentes visões econômicas e políticas dentro do Mercosul.

Esse movimento de Milei, que ainda está no início de seu mandato, pode indicar uma mudança nas relações econômicas da Argentina, com possíveis repercussões tanto no Mercosul quanto nas relações internacionais do país. A ideia de flexibilizar as regras do bloco para permitir acordos bilaterais poderia ser uma mudança importante na dinâmica comercial da região.

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Bruno Rigacci

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