OMS reage à decisão dos EUA: Diretor-Geral geral se pronuncia
A decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) gerou repercussões globais. O presidente americano, desde o início de sua gestão, justificou essa medida com base em duas principais críticas: o desequilíbrio nas contribuições financeiras dos países membros e a forma como a OMS lidou com a pandemia de COVID-19.
Trump destacou que, enquanto os EUA, com uma população de cerca de 325 milhões de pessoas, contribuíam com aproximadamente US$ 500 milhões para a OMS, a China, com uma população muito maior (cerca de 1,4 bilhão), doava bem menos, cerca de US$ 39 milhões. Ele questionou se isso era justo, apontando a disparidade nas contribuições.
Além disso, o governo Trump criticou a gestão da pandemia pela OMS, acusando a organização de estar sob a influência da China, o que foi um ponto de controvérsia durante a crise de saúde global. Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da OMS, foi especificamente alvo dessas críticas, sendo acusado de favorecer o governo chinês e de não agir rapidamente para alertar o mundo sobre os riscos do vírus, especialmente no início da pandemia.
Em resposta ao anúncio de retirada, Tedros expressou pesar e lamentou a decisão dos Estados Unidos, ressaltando que a colaboração entre os dois países ao longo das últimas sete décadas foi fundamental para erradicar doenças como a varíola e para os avanços na luta contra a poliomielite. Ele ainda fez um apelo para que os EUA reconsiderassem sua decisão, destacando a importância da parceria para a saúde global.
Com a retirada dos EUA, a OMS perderia cerca de US$ 500 milhões de financiamento, o que representa uma significativa perda para a organização, que depende das contribuições de seus membros para financiar suas iniciativas de saúde global.