Banco Central realiza leilões de Dólar para frear valorização da moeda

Nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, o Banco Central (BC) do Brasil realiza dois leilões de dólares com compromisso de recompra, conhecidos como “leilões de linha”. Cada operação terá um limite de até US$ 1 bilhão, totalizando R$ 6,06 bilhões. Esses leilões marcam a primeira intervenção da autoridade monetária no mercado cambial neste ano e têm como objetivo injetar liquidez no mercado para conter possíveis anomalias nas negociações e segurar a valorização do dólar frente ao real.

O Contexto Econômico

A decisão do Banco Central vem em um momento de crescente pressão sobre a moeda brasileira. Na última sexta-feira, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 6,06, com uma alta de 0,2%. Em 2024, a moeda norte-americana acumulou uma valorização de 27% frente ao real, o que tem gerado preocupação no governo e nos mercados financeiros.

Os leilões de linha são uma ferramenta utilizada pelo BC para fornecer dólares ao mercado com compromisso de recompra, ou seja, o BC se compromete a devolver os dólares no futuro, o que ajuda a aumentar a oferta de moeda estrangeira e a reduzir a pressão sobre a cotação do dólar no curto prazo.

Detalhes dos Leilões

O primeiro leilão, denominado “A”, será realizado entre 10h20 e 10h25, enquanto o segundo, denominado “B”, ocorrerá entre 10h40 e 10h45. A liquidação das operações está prevista para 4 de novembro de 2025 (leilão A) e 2 de dezembro de 2025 (leilão B).

Em dezembro de 2024, o Banco Central já havia realizado uma ação similar, injetando US$ 32,575 bilhões no mercado cambial para mitigar os efeitos da intensa saída de dólares do país e ajudar a estabilizar a moeda.

O Impacto das Ações do BC

Essa intervenção é vista como uma tentativa do Banco Central de controlar a volatilidade cambial e garantir maior estabilidade na economia brasileira. A valorização do dólar tem impacto direto na inflação e nos preços dos produtos importados, afetando tanto consumidores quanto empresas brasileiras.

O mercado acompanhará de perto os resultados desses leilões e as possíveis ações futuras do BC, que pode continuar utilizando essa ferramenta para tentar estabilizar a moeda e garantir um ambiente econômico mais previsível para 2025.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Bruno Rigacci

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