Estadão: “STF virou arena Política”, Diz editorial elogiando Fachin

O editorial do Estadão desta segunda-feira (13) destaca e elogia o discurso do ministro Edson Fachin, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a necessidade de separar o Direito da política, especialmente em um momento em que a Corte tem sido criticada pela sua crescente politização. Fachin defendeu a autocontenção do Judiciário e frisou que, em uma democracia, o papel do juiz é assegurar que as regras sejam cumpridas, mas sem se envolver diretamente nos resultados políticos.

O jornal ressaltou que o discurso de Fachin foi uma rara demonstração de constrangimento em relação à mistura entre política e Justiça que tem marcado a atuação do STF. O editorial do Estadão também questionou a escolha dos ministros do STF pelos presidentes da República, acusando-os de indicarem ministros com a presunção de que os mesmos atuarão conforme as necessidades e interesses do governo em exercício.

No texto, o Estadão critica o STF por, em algumas situações, ter agido como uma “arena política”, assumindo competências que deveriam ser do Congresso Nacional e criando determinações que, por vezes, contrariam a própria Constituição. O jornal também defendeu que críticas à Corte não devem ser confundidas com ataques golpistas e ressaltou a importância do “reexame de consciência” dentro do STF, principalmente para restaurar sua credibilidade e respeitar os limites constitucionais.

Por fim, o editorial conclui que, apesar de ser um “ferrenho aliado” da instituição, o jornal acredita ser fundamental que o STF recupere sua imparcialidade e reforce seu papel de árbitro dentro dos parâmetros da Constituição.

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Bruno Rigacci

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