Empresa de ministro da Secom recebeu R$ 301 Milhões do governo da Bahia em quatro anos

A Leiaute Comunicação, empresa de Sidônio Palmeira, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula (PT), recebeu R$ 301 milhões do governo da Bahia entre 2020 e 2024. O valor foi destinado a campanhas de publicidade institucional, que englobaram emissoras de rádio, TV, mídias impressas e digitais. O governo baiano foi administrado por Jerônimo Rodrigues e Rui Costa, ambos do PT.

Detalhes dos Contratos:

  • 2020: Um contrato emergencial de R$ 35 milhões, relacionado à pandemia, foi firmado com a Leiaute e outras duas agências.
  • 2021-2023: Um contrato anual inicial de R$ 142 milhões foi estabelecido, com aditivos que elevaram o valor para R$ 177 milhões anuais.
  • 2023: Um contrato de R$ 15 milhões foi firmado para ações de comunicação digital, compartilhado com outras empresas.

Controvérsias e Investigações:

A Leiaute foi alvo de uma investigação pelo Ministério Público da Bahia devido a suspeitas de irregularidades em subcontratações. Em 2023, o processo foi encerrado após o pagamento de uma multa de R$ 306 mil e a implementação de políticas de ética e compliance pela empresa.

Relação com o PT:

Sidônio Palmeira tem uma longa relação com o PT, iniciada em 2006, quando Jaques Wagner assumiu o governo da Bahia. Desde então, a Leiaute tornou-se responsável por grandes campanhas publicitárias do governo baiano.

Além disso, outra empresa de Sidônio, a Nordx Estratégia e Criatividade, recebeu R$ 2,2 milhões do PT em 2024 e, durante a campanha presidencial de 2022, foi contratada para fornecer serviços de marketing, recebendo R$ 37,9 milhões.

Defesas de Sidônio Palmeira:

Sidônio defende que as contratações da Leiaute foram feitas de forma pública e transparente, com aprovação da Procuradoria-Geral do Estado da Bahia. Ele também enfatiza que sua empresa não retém integralmente os recursos recebidos, pois a maior parte é repassada a fornecedores terceirizados para a produção de conteúdos publicitários, contratados por meio de cotações de mercado.

Conclusão:

A relação entre a Leiaute Comunicação e o governo da Bahia, especialmente durante as gestões petistas, levanta questões sobre transparência e ética, principalmente diante das investigações e do grande volume de recursos envolvidos. A defesa de Sidônio sobre a transparência das contratações e sua menor participação ativa na gestão de sua empresa busca atenuar as críticas sobre possíveis conflitos de interesse.

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Bruno Rigacci

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