No último dia de negociações do mercado em 2024, BC queima mais 1,815 bilhão de dólares
O Banco Central (BC) realizou seu 14º leilão de dólar em dezembro, visando controlar a alta da moeda americana. Antes do leilão, o dólar registrava uma alta de 0,75%, atingindo R$ 6,242. Após a operação, a moeda caiu para a casa dos R$ 6,18, e às 15h54 estava cotada a R$ 6,184, com queda de 0,16%.
Desde o dia 12 de dezembro, o BC tem realizado leilões de venda de dólares, tanto à vista quanto em linha (quando há o compromisso de recompra), com o objetivo de conter a alta da moeda. No dia 18 de dezembro, o dólar alcançou seu maior patamar histórico, fechando a R$ 6,27.
Até o momento, o BC já utilizou US$ 32,574 bilhões da reserva internacional em suas intervenções no mercado cambial. No dia 26 de dezembro de 2024, a reserva totalizava US$ 347,081 bilhões, sendo que alguns leilões ainda não haviam sido contabilizados. Um mês antes, o valor da reserva estava em US$ 365,196 bilhões.
Os leilões realizados pelo BC ao longo de dezembro incluem:
- 12 de dezembro: dois leilões de linha, totalizando US$ 4 bilhões.
- 13 de dezembro: venda de US$ 845 milhões no mercado à vista.
- 16 de dezembro: intervenção de US$ 4,627 bilhões, sendo US$ 3 bilhões em leilões de linha e US$ 1,627 bilhão à vista.
- 17 de dezembro: venda de US$ 3,287 bilhões à vista, divididos em dois leilões (US$ 1,272 bilhão e US$ 2,015 bilhões).
- 19 de dezembro: operação de US$ 8 bilhões no mercado à vista, com dois leilões (US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões).
- 20 de dezembro: intervenção de US$ 7 bilhões, sendo US$ 3 bilhões à vista e US$ 4 bilhões em linha.
- 26 de dezembro: operação de US$ 3 bilhões via leilão em linha.
- 30 de dezembro: US$ 1,815 bilhão à vista.
Essas intervenções destacam o esforço do BC para controlar a volatilidade do câmbio e mitigar os impactos da alta do dólar sobre a economia brasileira.