Decreto de Lula beneficiou ONG que fez Janjapalooza; entenda
Em março deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que dobrou a taxa de administração paga pelo governo brasileiro a contratos com organismos internacionais, passando de 5% para até 10%. Esta medida beneficiou, meses depois, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), uma ONG com laços com a primeira-dama Janja da Silva.
Em setembro, o governo federal firmou um contrato com a OEI para a realização de eventos relacionados ao G20, incluindo a cúpula do G20 que ocorreu no Rio de Janeiro em novembro. Entre as atividades organizadas pela OEI, destacou-se o festival de música Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, conhecido como “Janjapalooza”, além da Cúpula Social do G20.
Embora o governo e a OEI não tenham revelado os gastos totais ou o valor exato da taxa de administração cobrada, sabe-se que a ONG recebeu, no governo Lula, R$ 146 milhões. A maior parte desse valor foi destinada a parcerias com o Ministério da Educação, que somaram R$ 53 milhões.
Esse aumento na taxa de administração, juntamente com os contratos envolvendo a OEI, gerou questionamentos sobre a relação entre o governo e a organização, principalmente devido ao vínculo com a primeira-dama, levantando preocupações sobre a transparência e os custos envolvidos.