Caiado critica decreto de Lula sobre uso da força policial: ‘Chantagem explícita contra os estados’

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), fez duras críticas ao decreto publicado pelo governo federal nesta terça-feira (24), que estabelece novas regras para o uso da força por agentes de segurança pública em todo o Brasil. A medida, publicada no Diário Oficial da União, impõe que os estados sigam as diretrizes estabelecidas pelo governo federal para o setor de segurança, sob a condição de que o repasse de recursos federais seja atrelado ao cumprimento do decreto.

Embora o texto do decreto permita que os estados não adotem integralmente as novas diretrizes, ele condiciona o repasse de recursos federais ao cumprimento da legislação estabelecida. Isso gerou forte reação de Caiado, que considerou a medida uma forma de “chantagem explícita contra os estados”.

Críticas ao Governo Federal

Caiado, que também é pré-candidato à Presidência da República, criticou a medida em seu perfil nas redes sociais, afirmando que o decreto favorece a criminalidade ao forçar os estados a se adequarem a um modelo de segurança pública imposto pelo governo federal. “O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário. Trata-se de uma chantagem explícita contra os estados, que acaba favorecendo a criminalidade”, escreveu Caiado.

Acusações de Enfraquecimento da Defesa

O governador de Goiás também acusou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de enfraquecer os mecanismos de defesa da sociedade e ser conivente com os criminosos. “Enquanto o crime organizado avança como uma metástase sobre todos os setores do país, o governo federal trabalha, dia após dia, para enfraquecer os mecanismos de defesa da nossa sociedade. Isso vai além da omissão: é conivência”, afirmou Caiado.

A crítica de Caiado reflete uma preocupação crescente entre alguns governantes estaduais em relação à centralização das políticas de segurança pública, além de um ambiente tenso sobre a gestão de recursos e a autonomia dos estados para tratar de questões locais. A medida, que visa padronizar e dar maior controle federal sobre a segurança pública, segue gerando debates sobre os limites da ação federal e os impactos sobre a segurança nos estados.

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Bruno Rigacci

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