Senador toca no ponto mais fraco dos políticos

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) fez duras críticas ao pacote de corte de gastos apresentado pelo governo Lula ao Congresso Nacional na semana passada. Em seu pronunciamento, Cleitinho se posicionou contra a proposta de congelamento do salário mínimo e sugeriu uma abordagem diferente para os cortes: a redução de salários e privilégios dos parlamentares e servidores públicos.

De acordo com a proposta do Executivo, o aumento do salário mínimo seria limitado a um percentual entre 0,6% e 2,5% ao ano, conforme os parâmetros do Novo Arcabouço Fiscal de 2023, que estabelece limites para o crescimento das despesas públicas. Para Cleitinho, essa medida impacta diretamente a população mais vulnerável e não resolve a questão do gasto público de forma justa.

“O corte de gastos sempre recai sobre o povo, nunca sobre quem realmente gera a despesa. Tem que congelar aqui, tem que diminuir aqui o nosso. São os nossos salários que devem ser congelados, diminuídos ou reduzidos. São nossas mordomias e privilégios que devem acabar, não os do povo”, afirmou o senador, destacando que os parlamentares devem dar o exemplo e cortar seus próprios benefícios antes de afetar a população com medidas austeras.

O senador também anunciou a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC 47/2024), que visa extinguir os chamados “supersalários” no setor público. A PEC propõe que auxílios e benefícios de caráter indenizatório sejam somados ao salário base para que se respeite o teto salarial, evitando que servidores públicos recebam remunerações acima do limite estabelecido.

“É o momento de resolvermos o problema do país: os cortes de gastos têm que vir daqui. Chega de fazer o povo brasileiro pagar essa conta”, acrescentou Cleitinho, reforçando sua posição contra os cortes que, segundo ele, impactam mais os mais pobres.

A proposta do governo de congelar o salário mínimo e a PEC apresentada por Cleitinho refletem o atual debate sobre como equilibrar as contas públicas no Brasil. Enquanto o governo federal defende medidas fiscais mais rígidas, parte do Congresso busca alternativas que contemplem maior austeridade entre as classes políticas e privilegiadas. O tema promete ser uma das principais discussões no Congresso nos próximos meses.

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Bruno Rigacci

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