Isenção fiscal da Globo chega a inacreditáveis R$ 173,3 milhões em apenas oito meses

Entre janeiro e agosto de 2024, as empresas de mídia, jornalismo e editoração foram beneficiadas com R$ 484,8 milhões em isenções fiscais no pagamento ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O Grupo Globo se destacou, concentrando R$ 173,3 milhões, o que corresponde a 35,74% do total das desonerações destinadas ao setor nesse período.

A TV Record ocupou a segunda posição no ranking, com R$ 39,7 milhões em isenções, seguida pelo Grupo UOL–Folha, que deixou de pagar R$ 39,3 milhões. O SBT e o Grupo Estado completaram os cinco primeiros, com R$ 19,4 milhões e R$ 16 milhões, respectivamente.

Essas informações foram obtidas pela Receita Federal em 13 de novembro de 2024, a partir de uma lista solicitada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O levantamento revela que, somente com a desoneração da folha de salários, o governo federal abriu mão de R$ 12,3 bilhões em arrecadação no período.

Embora as isenções sejam justificadas como medidas para incentivar a economia e preservar empregos, críticos apontam que o custo dessas renúncias fiscais é repassado aos demais contribuintes e ao sistema de Previdência Social. A desoneração da mídia, que representa 3,9% do total das renúncias fiscais concedidas em 2024, faz parte de um cenário mais amplo: entre janeiro e agosto, o governo deixou de arrecadar R$ 97,7 bilhões em isenções fiscais.

Com o benefício programado para ser extinto, o setor de mídia enfrentará novos desafios financeiros nos próximos meses.

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Bruno Rigacci

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