Documentos do caso Filipe Martins demonstram que a PF perdeu totalmente a credibilidade

O texto de Enio Viterbo, doutor em história pela Universidade de Lisboa, apresenta uma análise detalhada sobre o relatório da Polícia Federal no caso de Filipe Martins, levantando questões importantes sobre a prisão preventiva do ex-assessor do governo. Viterbo destaca uma contradição significativa no relatório, que afirma que Filipe Martins teria “forjado” sua saída do Brasil no final de 2022, alegação que, segundo o autor, não é respaldada por nenhuma prova concreta.

De acordo com o relatório da PF, a Polícia Federal teria descoberto que Filipe Martins entrou nos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, com base na consulta ao site do Department of Homeland Security (DHS). No entanto, o texto de Viterbo aponta que essa informação foi alterada pelo governo norte-americano muito antes da entrega do relatório, corrigindo a data de entrada para setembro de 2022, em vez de dezembro. Isso coloca em dúvida a veracidade da alegação da PF sobre a saída forjada de Martins, já que, conforme Viterbo, ele não estava sendo investigado naquela época.

Viterbo sugere que, ao examinar as inconsistências e a falta de evidências concretas, o relatório da Polícia Federal no caso de Filipe Martins contém elementos “estranhos” e pede que os leitores analisem o caso de forma crítica.

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