Normalmente, em situações como essa, o ministro relator nomeia um juiz auxiliar para realizar o depoimento. Contudo, nesta quinta-feira, será o próprio Moraes quem conduzirá a oitiva de Mauro Cid.
Este será o segundo depoimento de Mauro Cid nesta semana. Na terça-feira, o tenente-coronel foi ouvido na sede da Polícia Federal, em Brasília, mas não esclareceu as questões que a PF pretendia abordar.
Agora, se Moraes entender que Cid mentiu ou omitiu informações nos depoimentos feitos no contexto da colaboração premiada com a Polícia Federal, a delação poderá ser revogada, e Cid poderá ser novamente preso.
Vale destacar que é extremamente raro um ministro do STF conduzir a oitiva de um acusado. No entanto, neste caso, além de raro, o ato é considerado ilegal. Isso porque Moraes, como suposta vítima, está impedido pela lei de atuar no julgamento do caso.