Senador lembra casos envolvendo Zé Dirceu e revela que “STF não assumiu a investigação desse grave atentado”

O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou o que considera um “desequilíbrio” no tratamento de casos políticos e judiciais no Brasil, especialmente em relação à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Marinho destacou supostas diferenças no tratamento de casos envolvendo manifestações e atentados políticos ao longo dos anos.

Ele citou exemplos históricos para ilustrar seu ponto, como quando, nos anos 2000, o ex-deputado federal José Dirceu afirmou que “era preciso bater nos tucanos nas ruas e nas urnas”, e poucos dias depois ocorreu uma agressão física ao então governador de São Paulo, Mário Covas, que estava em tratamento de câncer. O senador também lembrou a invasão e depredação da Câmara dos Deputados por cerca de 500 manifestantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra, em 6 de junho de 2006, destacando que, naquela época, o STF não assumiu a investigação desse incidente, que considerou um “grave atentado contra a democracia”, mas que não foi tratado como terrorismo.

Marinho também comparou o tratamento dado pelo STF a dois atentados: o de Adélio Bispo, que tentou assassinar o então candidato Jair Bolsonaro em 2018, e o atentado de 13 de novembro de 2023, que envolveu Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes. O senador criticou a falta de uma apuração completa no caso de Adélio Bispo, incluindo a análise de seu celular, enquanto o atentado de novembro foi prontamente investigado pelo STF, com o relator sendo o ministro Alexandre de Moraes.

Ele expressou a necessidade de reencontrar um “equilíbrio perdido” no sistema judiciário, mencionando a crescente desconfiança da sociedade em relação às decisões da Corte. Para Marinho, muitas decisões estão sob suspeita, com criminosos sendo libertados e pessoas que, segundo ele, não têm tanta culpa, sendo submetidas a penas desproporcionais. “A sociedade nos diz: ‘eu não acredito no que está sendo feito'”, concluiu o senador.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies