Campos Neto diz que fim da jornada 6 x 1 elevaria custo do trabalho e informalidade

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se posicionou nesta quinta-feira contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que propõe o fim da jornada de seis dias trabalhados para um dia de folga, reduzindo o limite máximo semanal de 44 para 36 horas. Segundo Campos Neto, essa mudança poderia aumentar o custo da mão de obra e impulsionar a informalidade, dificultando o cenário para a produtividade do país. Ele argumenta que o aumento dos custos de trabalho resultaria em um efeito contrário ao que a proposta visa proteger: ao invés de melhorar as condições para os trabalhadores, poderia incentivar a diminuição de vagas formais e crescimento da informalidade.

Durante o 12º Fórum Liberdade e Democracia de Vitória, Campos Neto também destacou a importância do ajuste fiscal para reduzir a inflação e permitir uma queda sustentável na taxa de juros. Ele comentou que a desancoragem das expectativas de inflação preocupa o Banco Central, pois mantém a inflação resiliente. Para Campos Neto, organizar as contas públicas é essencial para evitar que o prêmio de risco aumente e para atrair confiança do mercado.

A expectativa agora se volta para as próximas medidas de contenção de despesas que o governo Lula prometeu anunciar, originalmente planejadas para depois das eleições municipais.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies