Artigo de Bolsonaro provoca pânico e fúria na esquerda

O artigo escrito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e publicado na Folha de S.Paulo gerou grande polêmica, provocando uma reação intensa de setores da esquerda, da mídia tradicional e do que ele próprio descreve como o “sistema”. A reação inclui críticas de figuras como Gleisi Hoffmann, além de blogueiros e jornalistas do UOL, que se mostraram visivelmente incomodados com o conteúdo da peça.

O artigo, intitulado “Aceitem a democracia”, apresenta a visão de Bolsonaro sobre a crescente onda conservadora e o que ele considera uma dificuldade da esquerda em aceitar os resultados eleitorais quando o povo opta por candidatos e propostas de direita. O ex-presidente argumenta que, em países como Argentina, Brasil e Estados Unidos, a maioria dos eleitores tem se inclinado para escolhas conservadoras, defendendo a ordem, a liberdade econômica, a liberdade de expressão e valores familiares, que ele considera pilares da direita.

Bolsonaro destaca que, apesar das perseguições e da pressão da mídia, a direita continua a crescer porque suas bandeiras refletem os sentimentos mais profundos da sociedade. Para ele, nenhuma medida administrativa ou repressiva, como censura ou boicotes econômicos, tem sido capaz de reverter essa tendência. Ele também critica a postura da esquerda, acusando-a de tentar minar a democracia sempre que o resultado das urnas não favorece seus interesses.

O ex-presidente afirma que a esquerda tem dificuldade em lidar com derrotas democráticas, apontando o exemplo da Venezuela, onde, segundo ele, os resultados eleitorais são manipulados, e as reações da esquerda nos Estados Unidos, com a resistência à eleição de Trump. Bolsonaro defende que a democracia deve ser respeitada e que, quando a vontade popular se manifesta, a única opção é aceitar essa decisão, algo que, segundo ele, a esquerda tem demonstrado dificuldade em fazer.

Outro ponto abordado é a ascensão de líderes de direita, que Bolsonaro vê como uma resposta ao esgotamento da esquerda, que, segundo ele, está desconectada do povo e envelhecendo politicamente. Ele argumenta que o “jardim da política” só floresce quando é irrigado pela vontade popular e que, sem esse contato com a maioria da população, qualquer força política corre o risco de desaparecer.

Por fim, Bolsonaro afirma que a direita continuará sua jornada, acusada injustamente de “extremismo”, e que seguirá defendendo a liberdade e a democracia, ouvindo o povo e trabalhando para um futuro melhor para as famílias brasileiras.

Esse artigo, como era de se esperar, gerou um enorme debate político, com reações tanto de apoio quanto de críticas, refletindo o clima polarizado do país e a contínua disputa pelo espaço político e ideológico.

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Bruno Rigacci

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