O inquérito foi instaurado após Van Hattem criticar publicamente o delegado da Polícia Federal, Fábio Alvarez Schor, durante um discurso na Câmara em 14 de agosto. O deputado recebeu uma intimação por e-mail em 4 de outubro para prestar depoimento, e a investigação está sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF).
O autor do requerimento, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), argumentou que a investigação pode estar violando a imunidade parlamentar e buscando intimidar um representante eleito. “A convocação do ministro da Justiça é necessária devido à gravidade do caso, que envolve a abertura de inquérito contra o deputado Marcel van Hattem por críticas feitas a um delegado federal”, justificou Gilvan.
A data da audiência com Lewandowski ainda não foi definida. Durante seu discurso, Van Hattem chamou Schor de “abusador de autoridade” e desafiou-o, dizendo: “Se ele não for covarde, que venha também atrás de mim!” Gilvan enfatizou que qualquer investigação envolvendo um parlamentar deve ser comunicada previamente ao presidente da Câmara, algo que, segundo ele, não ocorreu neste caso, levantando preocupações sobre uma possível tentativa de coação.