Saldo da eleição dos ‘prefeitos amigos’ de Lula é negativo

Após o primeiro turno das eleições municipais de 2024, a revista Crusoé destacou que apenas um dos seis “prefeitos amigos” de Lula, que receberam 1,4 bilhão de reais sem a devida aprovação técnica ou justificativas detalhadas entre janeiro de 2023 e julho de 2024, foi reeleito. Outros dois avançaram para o segundo turno.

No encerramento da votação de domingo, 27, apenas Marcelo Oliveira (PT), de Mauá, conseguiu garantir mais quatro anos de mandato, recebendo 54,05% dos votos, em comparação aos 45,95% de Átila Jacomussi (União Brasil).

Em Diadema, Filippi Júnior (PT) não conseguiu superar a desvantagem para Taka Yamauchi (MDB), que venceu com 52,59% dos votos, enquanto o petista obteve 47,71%.

A reeleição de Marcelo Oliveira não apenas diminui a desvantagem do PT, mas também assegura a única prefeitura do partido no ABC paulista, um berço histórico do petismo.

No entanto, três dos seis “prefeitos amigos” de Lula não conseguiram se reeleger ou eleger um sucessor no primeiro turno. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, considerado uma figura promissora para o PT, viu sua candidata, Eliana Honain, ficar em segundo lugar, com 45% dos votos, atrás do médico Dr. Lapena (PL), que obteve 49%. A derrota é ainda mais impactante, considerando que em julho do ano passado, o Ministério das Cidades repassou 143 milhões de reais para a cidade, logo após Lula ter conversado com Edinho.

Em Cabo Frio (RJ), a prefeita Magdala Furtado (PV), que utilizou 55,4 milhões de reais destinados a tratamentos oncológicos e cardiológicos para pagar salários, também não conseguiu se reeleger, obtendo apenas 23,95% dos votos, enquanto Dr. Serginho (PL) foi eleito com 69,19%.

Em Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos) também não conseguiu eleger um sucessor. Ele apoiava o sobrinho Matheus do Waguinho (Republicanos), que obteve 35,20% dos votos, perdendo para Márcio Canella (União Brasil), que venceu com 62,88%.