Manuela abandona o barco

A ex-deputada federal Manuela D’Ávila surpreendeu muitos ao anunciar sua saída do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), após 25 anos de filiação. Manuela, que foi uma das figuras mais proeminentes da esquerda brasileira e uma das principais lideranças do PCdoB, afirmou em um debate recente que agora se considera “uma mulher sem partido”, uma decisão que, segundo ela, não foi por escolha, mas pela falta de um caminho claro a seguir dentro da política partidária.

Durante o debate, Manuela fez uma autocrítica ao cenário político atual, especialmente em relação aos partidos de esquerda, e enfatizou que sua posição fora de qualquer legenda permite que critique todas as organizações políticas. Sua declaração reflete a insatisfação com a situação do PCdoB, partido que enfrenta grandes desafios de viabilidade eleitoral, em parte devido à cláusula de barreira que limita o acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral.

A saída de Manuela do PCdoB pode ser vista como uma estratégia para buscar novas oportunidades eleitorais em 2026. Como uma figura que já teve projeção nacional, ela pode estar em busca de um partido com maior estrutura e viabilidade eleitoral, que lhe permita disputar cargos majoritários ou legislativos com maiores chances de sucesso.

Seu movimento sugere que ela ainda planeja continuar na vida pública e que sua crítica aos partidos de esquerda pode ser um sinal de que pretende construir uma nova narrativa para se reaproximar do eleitorado nas próximas eleições.

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Bruno Rigacci

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